Home Learn
Imagem destaque
Marcador

Estratégia

O fim das lojas virtuais

Autor

Adriano Caetano

4 minutos de leitura

Quando criei a Loja Integrada em 2013, percebi um movimento que poucos enxergavam. Havia uma demanda reprimida de pequenas e médias empresas querendo entrar no e-commerce sem enfrentar projetos caros, lentos e cheios de obstáculos técnicos. Elas buscavam um caminho simples para existir no digital.

A plataforma que democratizou o e-commerce no Brasil nasceu para quebrar essa barreira. Ao oferecer velocidade, autonomia e baixo custo, destravou o acesso para milhares de negócios que não sabiam por onde começar. Em pouco tempo ficou claro: tecnologia acessível libera a entrada, mas não garante necessariamente a prosperidade no online.

A tecnologia sozinha não garante sucesso no e-commerce

No auge da expansão da plataforma, mais de 600 lojas eram criadas por dia. Junto com esse crescimento acelerado, surgiu uma realidade dura: a maioria fechava antes de completar os primeiros três meses de vida. O problema não era falta de funcionalidades, mas sim de preparo.

Ter uma loja no ar é só o início da jornada. O lojista precisa dominar fluxo de caixa, estoque, compras, posicionamento, marketing, interpretação de dados, portfólio de produto e operação. Vender online não é mais simples nem mais barato do que vender no físico. Exige estratégia, disciplina e adaptação constante.

Quem prosperou virou especialista. Entendeu onde o cliente está, como ler métricas, como validar ofertas e como girar estoque. Já quem acreditou que “subir a loja e esperar” era suficiente, ficou pelo caminho.

Isso reforçou algo que demorei a aceitar: plataformas de e-commerce como Loja Integrada, Nuvemshop, Tray ou Shopify oferecem experiências muito parecidas. Assim como um marca premium de carro, todas entregam o essencial para levar do ponto A ao ponto B. A diferença entre fracasso e sucesso raramente está na ferramenta.

Por que as plataformas de e-commerce não são suficientes?

Elas cumprem bem o papel tecnológico. Permitem criar uma loja virtual em minutos. Mas isso é só o alicerce. O que elas não entregam é o que sustenta um negócio de verdade: tráfego e vendas.

Marcas como Hering, Natura, Track&Field, Levis ou Adidas já têm demanda espontânea. Seus clientes procuram o site da marca. Para elas, a loja virtual é canal natural.

O pequeno lojista não tem isso. Com visibilidade baixa, poucos clientes e produtos desconhecidos, ele tenta sobreviver em um oceano vermelho. E ainda assume os maiores riscos da cadeia digital: chargeback, devoluções, frete caro, taxas, antecipação, descontos para competir e investimentos crescentes em mídia para simplesmente existir. Cada clique comprado reduz margem. Cada venda não realizada deixa o próximo mês mais caro.

Vale a pena montar uma loja virtual em 2026?

A reposta é sim, mas com cautela. Ter um carro não é apenas pagar para compra-lo, da mesma forma que abrir uma loja virtual não é só pagar pela plataforma. É necessário arcar com estoque, fluxo de caixa, embalagem, operação, taxas, serviços especializados, agência, impulsionamento e todas as despesas que tornam o digital competitivo e caro.

O ponto crítico é o CAC. A conversão média do e-commerce gira entre 0,5 e 1,5 por cento. Na prática, 100 visitantes geram aproximadamente 1 venda. Depois de descontar taxas, logística, custo do produto e marketing, percebe-se que o volume necessário para gerar margem é alto. E boa parte do orçamento vai direto para Google e Meta.

Nesse cenário, marketplaces se tornam atraentes. Mesmo cobrando entre 10 e 30 por cento da venda, absorvem parte relevante dos custos, reduzem riscos e entregam tráfego. O modelo é alinhado: eles só ganham quando o lojista vende.

A pandemia acelerou uma entrada desorganizada no digital. Muita gente foi para o online no susto, fazendo às pressas o que já deveria estar estruturado há anos. Os custos aumentaram, o consumidor ficou mais exigente e a concorrência ficou mais pesada.

Hoje são mais de 1,9 milhão de lojas virtuais disputando atenção no Brasil. O CAC subiu mais de 60 por cento em cinco anos. E isso escancara uma verdade incômoda: a loja virtual isolada perdeu viabilidade econômica. Não porque deixou de ser relevante, mas porque não se sustenta sozinha.

Depois de duas décadas vivendo intensamente esses movimentos, ficou claro que operar sozinho não fecha mais a conta. O mercado mudou a ponto de exigir outro modelo. Meu papel é alertar quem ainda está tentando vencer no individual.

Seguir sozinho se tornou inviável

Vender online nunca foi simples, mas hoje existe um agravante. A chance de uma operação pequena atingir estabilidade sozinha é mínima. Lojas que faturam menos de 30 mil reais por mês estão no ponto mais frágil da curva. Muitas não conseguem pagar os custos e ainda remunerar o dono.

Esse período é o “Vale da Morte” do e-commerce. É injusto esperar que um pequeno lojista atravesse essa fase enfrentando um mercado caro, técnico e dominado por gigantes que investem milhões em mídia, preço e logística. A verdade é direta: uma loja pequena não tem como competir de igual para igual com quem opera em escala.

O mercado favorece o coletivo

O que ficou evidente é que o sucesso deixou de ser uma construção solitária. Quando lojas se unem em torno de um cluster, shopping, rede física, influenciador ou grupo empresarial, ganham algo que sozinhas não conseguiriam: escala. Audiência, reputação e tráfego passam a ser compartilhados, o CAC cai e a performance melhora.

E existem exemplos claros desse movimento no Brasil. A Arte do Campo é um marketplace de nicho que reúne produtores regionais e agricultura familiar em um ambiente que fortalece quem, individualmente, teria dificuldade de se destacar. Já a Mutual cria uma curadoria de moda que reúne diversas lojas sob o olhar da sua fundadora, entregando estilo, confiança e fluxo para pequenos lojistas que, isoladamente, não teriam acesso ao mesmo público qualificado.

O coletivo cria vantagem competitiva imediata. Dilui risco, reduz custos, melhora conversão. É exatamente por isso que os modelos de operação conjunta crescem tão rápido.

Nesse cenário, a conclusão é inevitável: marketplaces de nicho são a evolução natural do e-commerce. Eles entregam o que a loja isolada não consegue comprar: atenção, autoridade e fluxo.

A evolução lógica dessa visão

Ao observar esse movimento por tantos anos, ficou claro que havia um vazio entre dois extremos. De um lado, plataformas acessíveis para lojas individuais. Do outro, marketplaces gigantes como Amazon e Mercado Livre. Faltava algo no meio para atender grupos de lojas que querem criar seus próprios ecossistemas sem investir milhões.

O Super1 nasceu para preencher essa lacuna. Não é apenas um produto. É a resposta prática a um cenário que mudou. Ele insere o lojista em um ecossistema que gera fluxo, vendas e relevância, tirando das costas dele um peso que, de forma isolada, ficou impossível de carregar.

A nova era das vendas online

Se você pensa em construir um ambiente multilojas, lidera um grupo, possui várias marcas, influencia um público, administra um shopping ou simplesmente percebe que operar sozinho não faz mais sentido, vale conhecer o Super1.

Com ele, qualquer operação pode criar seu próprio marketplace, unir lojistas, ampliar catálogo, ganhar escala, centralizar produtos e oferecer uma experiência mais forte para o cliente.

Se o futuro do e-commerce é coletivo e conectado, o Super1 existe para tornar essa transição possível de forma simples, escalável e acessível.

Let’s connect.

Imagem destaque